Encontro fez parte da 5ª Imersão de Aprendizagem, voltada à formação de servidores públicos premiados

Por Célia Costa, especial para República.org

Cláudia Morais, Carla Guaitanele, Vanessa Campagnac e Leonardo Gatto. Foto: Douglas Shineidr.

A convergência entre a Segurança Pública e o Meio Ambiente foi discutida no segundo painel da 5ª Imersão de Aprendizagem do Prêmio Espírito Público, na última quinta-feira (26).

O debate, moderado por Vanessa Campagnac, gerente de Dados e Comunicação da República.org, reuniu especialistas de renome. Um deles é Leonardo Gatto, agente federal e médico veterinário da Polícia Federal. “Alguns dos problemas de violência no Rio de Janeiro têm ligações diretas com questões ambientais. Pessoas que vivem em áreas com meio ambiente de qualidade têm menos propensão a se envolver com atividades criminosas”, explicou.

A mesa redonda também abordou a questão das punições brandas para crimes ambientais. A tenente-coronel Cláudia Morais, da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), mencionou que muitos crimes investigados pela polícia ambiental passam impunes, destacando a necessidade de uma legislação mais rígida. 

Carla Guaitanele, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Brasília, compartilhou sua experiência prática na interseção entre os dois campos. Antiga membro do Corpo de Bombeiros, ela trabalhou extensivamente com populações ribeirinhas e indígenas na região amazônica.

Carla Guaitanele é analista ambiental do ICMBio. Foto: Douglas Shineidr.

“Antes de entrar no ICMBio, trabalhei no Ibama como fiscal. Inicialmente, minha atuação na área ambiental estava focada em lidar com questões humanas, especialmente junto às populações ribeirinhas e indígenas no Acre, onde a segurança pública era uma preocupação constante”, explicou Carla Guaitanele.

Cláudia Morais ilustrou como a segurança pública é imediatamente acionada em caso de catástrofes ambientais. Ela foi uma das principais responsáveis pela criação dos batalhões ambientais durante seu tempo no Instituto de Segurança Pública (ISP), uma iniciativa que só foi possível após dados criminais demonstrarem a importância vital dessas unidades.

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